sexta-feira, 31 de julho de 2009

"Pormenores" de última hora

O aeroporto internacional de Beja, uma das grandes obras públicas anunciadas por José Socrates no programa eleitoral para a próxima legislatura, passou a terminal aeroportuário . Ora leia aqui e aqui também.

E agora o que lhe vão fazer?

Beja, 30 Jul (Lusa) - "O templo romano do século I d.C. soterrado em Beja, identificado há 70 anos e que tem sido escavado desde que foi descoberto há um ano, é "o maior" de Portugal e "um dos maiores" da Península Ibérica.
"É o maior dos templos romanos já conhecidos em Portugal", como o de Évora e o de Conímbriga, e, "sem dúvida, um dos maiores da Hispânia" (designação da Península Ibérica na época romana), confirmou hoje à agência Lusa a arqueóloga Conceição Lopes.
Trata-se de "um edifício imponente", com 30 metros de comprimento e 19,40 metros de largura, e, tal como os templos romanos de Évora, da província espanhola de Ecija (Sevilha) e de Barcino (Barcelona), é rodeado por um tanque, com 4,5 metros de largura, precisou a arqueóloga".

Férias com sabor amargo

"Nos idos anos 30 do século XX, a França, que permanece como o país com mais dias de férias consagrados na lei, tinha um Governo de Frente Popular. Nessa altura, havia socialistas que estavam à frente dos partidos chamados socialistas. Foi uma época de importantes conquistas sociais. Uma das mais relevantes e simbólicas foi o direito a férias: duas semanas, estabelecidas em 1936. Uma extraordinária mudança para a vida de muita gente.
Antes disso, as férias eram um privilégio dos burgueses e dos aristocratas. O povo - aqueles que trabalhavam - não tinha direito ao descanso. O reconhecimento de que os trabalhadores tinham direito a férias, e que esse tempo de não trabalho devia ser remunerado, não foi apenas uma forma de limitar o tempo da exploração capitalista. Foi também o reconhecimento de que os e as trabalhadoras são seres dotados de inteligência, com outras necessidades para além do trabalho, com vontade de ler, de descansar, de passear, de gozar a vida. E de que o direito ao trabalho não deve significar a escravização completa das pessoas, mas sim ser uma fonte de dignidade e de direitos. Talvez por isso, e não sem ironia, o historiador Jean-Philippe Bloch dizia que a grande vantagem de se ter um trabalho é poder gozar férias... (...)
Em Portugal, não gozam férias remuneradas, desde logo, o cerca de meio milhão de desempregados e, dentro destes, as 200 mil pessoas sem subsídio. Mas também, de forma gritante, as 900 mil pessoas que, estando a recibo verde, ganham apenas quando "prestam o serviço" para que são contratadas (...) E não gozam férias, ainda, todos aqueles trabalhadores temporários ou que têm contratos que, milagrosamente, acabam em Julho para renasceram em Setembro, assegurando que não há férias pagas para ninguém. (...)
A regressão que está actualmente em curso em Portugal, e na qual o desemprego é utilizado como chantagem para impor a precariedade e a precariedade é usada como mecanismo normal de regulação do trabalho, é uma regressão civilizacional sem precedentes".
Eu gostava muito de ter escrito este texto, mas na verdade quem o escreveu foi o jovem José Soeiro. Como hoje começei as minhas férias e como me identifico com os milheres de portugueses que estão nas mesmas condições que eu, transcrevi-o para aqui. De facto não tenho sequer direito a elas, posso ser despedida a qualquer momento sem usufruir do subsídio de desemprego, não tenho subsídio de almoço, das ditas férias, de Natal e de maternidade, nem direito ao pagamento de irs e de segurança social.
No que depender de mim hão-de ser com certeza umas boas férias, já no que depende do patronato e das políticas socias deste país não poderemos infelizmente dizer o mesmo!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Abate com o aval da Câmara Municipal

Trabalho de abate de árvores na Mata de Beja.

Este mês.


As árvores do fundo, à direita, foram cortadas.
Pedaços reunidos de árvores cortadas.

Estas já desapareceram.

É impressão minha ou têm formato ideal para lareira?
Fotografias de JJC.

Redes virtuais...são sociais?

Bill Gates teve que desistir de participar na rede virtual Facebook e o acontecimento foi objecto de notícia no Público e certamente em muitos outros jornais pelo Mundo fora. Gates alegou que havia 10 mil pessoas a tentarem adicioná-lo como "amigo". "Aquilo dava demasiado trabalho, por isso desisti", justificou o homem da Microsoft.
Quanto ao fenómeno, um estudioso das redes sociais afirma “acredito que os problemas que levaram Gates a desistir são muito semelhantes aos problemas que o utilizador médio do Facebook enfrenta. Esses problemas são a mistura de conteúdos (trabalho, família, vida pessoal) e o excesso de informação inerente ao facto de termos muitas pessoas a interagirem num único sítio”.
Bom, na verdade, penso que o que leva muitas pessoas a aderir seja precisamente o vazio instalado quer no que diz respeito ao trabalho, quer à família, logo à própria vida pessoal.
Como adepta tardia e relutante da primeira rede social existente, o Hi5, e também desta de que agora tanto se fala, a Facebook, admito que o que me levou à adesão foi, um pouco, uma questão de moda, mas também a convicção forte (publicitada por outros) de que ambas as plataformas seriam meios propícios ao encontro de - não direi amigos que esses não são nunca virtuais - mas antes conhecidos e perdidos.
E, na realidade assim foi: encontrei N pessoas que não via (mas que continuo sem ver) há muito, muito tempo e agora mantenho um contacto, pelo menos intermitente, com as mesmas. Não me acrescentaram nada de especial ao dia-a-dia, mas também não me roubaram privacidade. Não misturei assuntos de família com assuntos de trabalho e não me senti vasculhada. Apenas se aceita quem quer e existe sempre a possibilidade de remover quem já não se quer.

No trabalho até aproveitei uma destas plataformas para fazer uma apresentação da entidade, para divulgar eventos e para trocar informação em rede com parceiros. Têm, quanto a mim, mais de positivo que de negativo, estas plataformas virtuais sociais.

e eu dancei descalça



Foi ontem.

Foi bom.

Foi gostoso.

Foi sambado.

Foi...sei lá!

Foi Gilberto Gil.

Se a fotógrafa fosse boa e a máquina ajudasse não era nada mau!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Três cidades numa só:Beja

Subsolo de Beja revela três cidades antigas.
Escute na Antena 1.

terça-feira, 28 de julho de 2009

História de Beja às avessas

Os actores Luís Aleluia (mais conhecido pelo menino Tonecas) e Guilherme Leite percorreram ontem as ruas de Beja e, disfarçados com uma toalha aos ombros, perguntavam aos bejenses onde ficava a praia da Messejana.
Fazendo-se passar também, um deles, apenas por amigo e o outro por trisavô do "velhaco" Chamily, o "amante" de Mariana Alcoforado, interpelavam quem, na cidade, se passeava perguntando quem era Mariana e o que fazia ela.
Uma rábula que, ao que parece, virá a ser proposta ao novo canal TVSul e a que poderemos assistir em breve.

Alentejo com canal por cabo

Finalmente está a ganhar forma o canal regional por cabo de que há anos tanto se fala! Chama-se TVSul, partiu de uma iniciativa do músico Paco Bandeira, já tem vários parceiros em nome individual e colectivo, como sejam o caso do NERBE e do cartonista Luís Afonso e já tem equipa redactorial formada. Hoje foi possível assistir, em Beja, na Igreja da Misericórdia, àquelas que poderão ser consideradas umas das primeiras gravações da TVSul. Em destaque estiveram o presidente da Câmara Municipal, o presidente da Edia e o presidente da Turismo Alentejo.
A abertura deste canal e a exibição destes e de outros trabalhos jornalisticos está prevista já para o próximo mês de Agosto.

o percurso de uma alentejana...

...de sucesso. Leia no Diário de Notícias.

Mudanças, diz ele


O Diário do Sul dedicou ontem a manchete a uma entrevista com o presidente da Câmara Municipal de Beja, na qual Francisco Santos destaca as mudanças no concelho.
Ficou curioso? Mudanças? Não as detecta? Então leia aqui. Uma entrevista interessante.

A mais participada de sempre

"Mais de 250 artistas plásticos participam na edição deste ano da Galeria Aberta, um concurso/exposição organizado pela Câmara de Beja para estimular e divulgar a produção artística e cujas obras concorrentes vão ser expostas a partir de Setembro.
As mais de 500 obras de arte a concurso, duas por cada artista plástico, vão poder ser apreciadas entre 12 de Setembro e 24 de Outubro, no Museu Jorge Vieira, na Galeria dos Escudeiros e na Casa da Cultura de Beja.
No dia de abertura das exposições, a 12 de Setembro, serão concedidos os premiados da edição deste ano da Galeria Aberta, que foi «a mais participada de sempre», realça o município".

O melhor anúncio do ano



domingo, 26 de julho de 2009

Domingo


Sábado


sexta-feira, 24 de julho de 2009

Amantes da Natureza em estado puro

Descobri que no distrito de Beja existem também praias autorizadas para a prática do naturismo. No concelho de Odemira, claro. A praia da Dona Amália (que deve o seu nome ao facto de ter sido muito frequentada por Amália Rodrigues) é uma delas. E diz o site onde encontrei estas informações que a praia "situada em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, é um encanto natural, em estado quase puro e o seu acesso é também dono de paisagens sem igual". Uma experiência a agendar.

À la carte (pour moi mêmê)

Na quarta. Lasanha congelada para despachar que chegaram a uma hora tardia. Trouxeram eles. Eu tinha outros planos. Foi pena termos que esperar que máquina de lavar terminasse o programa, pois não tenho talheres suficientes.
Strogonof de perú. Ontem. Não restou nadinha para contar história. É assim que eu gosto! De cozinhar para "muita" gente. Para mim só não tem piada. Nenhuma. E gosto que gostem dos meus cozinhados.
Caril de frango. Hoje. Com molho de côcô e maçã. Vai correr bem. E vão gostar. Tenho a certeza.
Para amanhã: sandes de praia e ... logo se vê.

Mamarrachos chocam bejenses!!

Se é porque não temos é porque não temos! Se é porque temos é porque temos! Bah!
Um polidesportivo e um hospital de dia para doentes oncológicos chocam os bejenses - ou serão os socialistas bejenses - pela sua forma, pela sua arquitectura. Não sei se hei-de acreditar, se não. Confirme no Público a indignação dos senhores deputados, ex-deputados e também da própria Autarquia que no caso "não foi vista nem achada".

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Literatura


Acabei de comprar o livro mais barato da minha vida por apenas cinquenta cêntimos. Esperemos que o conteúdo não seja também barato, leia-se, rasca. Não conheço ninguém que o tenha lido, mas ao contrário conheço N pessoas que já viram o filme. Sobretudo rapazes. Dizem-me que não chega a ser pornográfico (espero bem que não!). Que está na fronteira. Que nunca é explicito.

A revista Visão que acaba de lançar a iniciativa chama ao conjunto de livros editados, onde se inclui Emmanuelle, a colecção Livros Proibidos e a capa do dito livro ostenta a legenda Obras Primas da Literatura Erótica.

De semana a semana sairá um livro, desta vez a um euro e noventa (coisa pouca também) e entre eles encontra-se um de Anais Nin o que me leva a suspeitar que será um bom investimento.

Beja recebe médicos americanos

"A Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo revelou que pretende contratar, até ao início do próximo mês, médicos da América Latina para colmatar a "grande carência" de clínicos em alguns concelhos da região". informação recolhida no Expresso.

Pode ser que assim eu já volte a ter médico de família.

Depois das férias II

"A iniciativa do Instituto Politécnico de Beja denominada “em.cantos” arranca no próximo mês de Setembro e terminará em Julho de 2010 . Trata-se de um projecto “marcadamente cultural” que vai “deslocar” o Politécnico de Beja a todas as sedes de concelho e “discutir temas que são estruturantes a este território”. As diversas edições terão uma periodicidade, normalmente mensal, exceptuando os meses de Maio, Junho e Julho onde se realizarão duas edições. Vito Carioca, presidente do Instituto Politécnico de Beja, sublinhou que este é o primeiro de um conjunto de projectos que o IPBeja vai desenvolver no sentido de estreitar os laços com a comunidade". informação recolhida na Rádio Pax.
Ou este presidente está a trabalhar bem ou tem uma boa máquina de assessoria de imprensa!!?? O tempo o dirá.

Depois das férias I

"Parece já existe data para a inauguração do aeroporto de Beja: Setembro de 2009, o mês das eleições legislativas.
No entanto, apesar da inauguração marcada, o aeroporto, que custou 33 milhões de euros, ainda não tem acordo com companhias aéreas e a administração para gerir o seu futuro ainda não está definida", noticia o Diário IOL que também apresenta um resumo detalhado do que tem sido esta obra.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Estarei a precisar de férias?

Está tudo bem com a minha família. Saudáveis, a trabalhar e a preparar as férias.
Está tudo bem com os meus amigos.
E amigas.
Estive com alguns no fim-de-semana.
Estarei com outros a partir de hoje. A casa encher-se-á novamente. Para quem vive sozinha não há melhor!
Os restantes estão em sintonia comigo. Provavelmente receberei uma amiga na sexta-feira e iremos passear e praiar.
Está tudo bem no trabalho. É muito e não falta. E é uma sorte tê-lo nos dias que correm.
Está tudo bem com e na cidade, pois não produz notícias dignas desse nome. Paradinha, paradinha.
Está tudo mal com o País, mas quanto a isso pouco poderei fazer. E com o resto do Mundo nem se fala. Por isso não conta.
Portanto, está tudo - aparentemente - bem.
Então por que razão eu não estou? Por que razão sinto um mau felling? Por que razão estou tão incomodada? E não me apetece ler, nem escrever, nem blogar, nem trabalhar, nem cozinhar, nem fazer absolutamente nada?

...and the winner is...

Escolher é sempre difícil. Implica sempre deixar algo. Preferir isto em detrimento daquilo. Fazer um juízo de valor. Foi, então, o que fiz quando escolhi os blogues aos quais atribuo o prémio lemniscata. Antes, porém defini critérios para tentar não me perder e ao mesmo tempo para ser o mais justa possível. Assim, segundo a minha lógica é condição sine qua non que todos os blogues escolhidos sejam visitados por mim todos os dias e que sejam blogues actualizados diariamente. E ainda que 3 deles sejam locais e politicamente criticos, os outros 3 sejam especificos e acrescentem algo ao meu parco saber e finalmente que o 7.º me divirta pura e simplemente.

Logo, os vencedores são:

Locais

Uma Cigarra na Paisagem
Viagra e Prozac
Alvitrando

Especificos

Literatura - Planeta Tangerina
Fotografia - Cá do Alentejo
Culinária - As Minhas Receitas

Divertidos - E Assim Vou Passando o Tempo

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Obrigada


O blogue Não Te Rales que todos os dias visito e ao qual reconheço um grande sentido de humor e um grande sentido critico, além de uma atento acompanhamento da realidade local, uma capacidade ímpar para se antecipar às notícias e até para criar ele próprio notícias, estando a sua autora muito bem documentada, distinguiu-me com o Prémio Lemniscata.
E diz a Moengas que “O selo deste prémio foi criado a pensar nos blogs que demonstram talento, seja nas artes, nas letras, nas ciências, na poesia ou em qualquer outra área e que, com isso, enriquecem a blogosfera e a vida dos seus leitores.” Eu agradeço bastante, embora não me ache merecedora de tal, pois duvido que cumpra os requisitos.
Agora, segundo disse também a Moengas, cabe-me a penosa tarefa de atribuir este prémio a sete outros blogues. Vou pensar e já venho. Há logo uns que em ocorrem assim de rajada, mas não chegam a somar sete. Vou ali e já venho.
LEMNISCATA: “curva geométrica com a forma semelhante à de um 8; lugar geométrico dos pontos tais que o produto das distâncias a dois pontos fixos é constante.”

Rendez-vous ....


Aqui há uns anos atrás (fui agora pesquisar e percebi que foi em 1988) estava com os meus irmãos, uma prima e o meu pai em Lisboa. E o meu pai confiando nos mais velhos disse "tomem lá este dinheiro e vão dar aí uma voltinha pela Avenida de Roma" (estávamos perto). Saímos todos contentes a pensar que éramos crescidos e autónomos e, como tal, decidimos entrar no metro e seguir até à Baixa para espreitar - palpite-se - o fogo que consumia, então, o Chiado. Chegámos e vimos ainda fumo e um grande aparato, depois voltámos muito contentes pela grande aventura.

Agora que já sou crescidinha vou ao Chiado tantas vezes quantas me apetece. Gosto do sítio. Gosto daquele cosmopolitismo. Gosto de ver aquela miscelânia. Aquela chiqueza. Como gosto, aliás, de muitas outras zonas da capital. Mas o Chiado é, para mim, Paris em Lisboa e, por isso, hoje terei lá um rendez-vous.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tal e qual!


Gritar até virtualmente

Há pessoas que gritam presencialmente o que por si só já é deveras irritante.
Depois há pessoas que gritam ao telefone o que também não é de todo agradável.
Mas o pior é que há pessoas que conseguem gritar até no messenger.
Já vos aconteceu?

E o que dizer da literatura de então?




clique nas imagens para ver bem os títulos

Geração traumatizada



O que têm em comum todas estas personagens?
Hum?
As personagens que ocupavam os nossos tempos de lazer quando, em pequeninos, olhávamos para um écrã que só tinha dois canais?
Hum?
Marco - como dizia a própria canção "um dia a mãe foi-se embora";
Ana dos Cabelos Ruivos - orfã;
Tom Sawyer - aventureiro criado por uma tia que lhe dava sovas de morte, orfão;
Heidi - criada pelo avozinho que teve que abandonar para auxiliar uma menina rica em cadeira de rodas, orfã;
Bambi - a canção não dizia, mas a mãe um dia também se foi embora, portanto órfão;
Pipi das Meias Altas - a mais endiabrada das meninas, cuja mãe também nunca aparece.
Como não justificar que a nossa geração seja constituída por uma cambada de depressivos e com fortes pancadas na cabeça?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Perfume feminino alentejano com glamour

"Aromas do Alentejo recriados em novo perfume francês. Vários aromas naturais do Alentejo, como os de citrinos, alecrim, mirra e esteva, deram origem ao novo perfume «Jardim d´Évora», produzido em França e que é lançado dia 25 na cidade alentejana.
O novo perfume feminino, cujo lançamento vai ter lugar durante um evento cultural junto ao Templo Romano, é fruto de uma parceria entre as cidades de Évora e de Chartres (França), que estão geminadas.
A criação e a produção de perfumes são as principais actividades industriais da cidade francesa, onde está sedeado o «Cosmetic Valley», pólo mundial da perfumaria e da cosmética, com alguns dos maiores fabricantes do sector.
Parfums Christian Dior, Shiseido Internationnal, Gemey Maybeline, Guerlain S.A., CDIP (Inter Parfum), Fragrance Production, Pacific Europe, Laboratoire Expanscience (Mustela), Paco Rabanne e Orlane S.A. são as dez maiores empresas presentes no «Cosmetic Valley».
A Câmara Municipal de Évora realçou hoje que a ideia de criar uma essência alusiva à cidade alentejana e à região surgiu há cerca de dois anos, durante a primeira edição da Festa do Perfume". mais informações em Diário Digital.

domingo, 12 de julho de 2009

Domingo: um dia em cheio!

Primeiro
Para já gosto desta coisa simpática que acontece entre as pessoas que é a de não se conhecendo passarem a fazer parte da mesma família por intermédio de uma feliz conjugação entre os filhos.
Um dos meus irmãos tem uma namorada que fez na sexta-feira anos. Hoje decidiram comemorar e fazer a festa. Fomos nós todos, os manos, as manas e os respectivos namorados e namoradas e filhos. E, claro, foram também os pais da Susana, mais os manos e as manas e os respectivos namorados e namoradas e filhos também. Juntos somos já muitos. Sempre. Seja qual for o membro da família que organize o "ajuntamento". Não sei quantos do lado de cá mais não sei quantos do lado de lá dá muita gente e é giro e divertido. Comemos muito e bem. E cantámos os parabéns e as crianças brincaram "à solta" e cheiramos a peixe grelhado e estamos bem-dispostos por via da sangria e da festa e de tudo. E senti que recebi um presente por estarmos todos presentes.

Segundo
Deram-me "Em busca da Identidade - O desnorte" de José Gil, autor de "Portugal Hoje: o Medo de Existir". Só porque sim.

Terceiro
Depois do almoço que parecia nunca mais acabar fui tomar café sozinha que é um hábito que tenho e do qual não prescindo (eles são novos e ainda não têm Nexpresso). Sentei-me e reconheci primeiro pela voz, depois pela fisionomia o José Mário Branco. Se esticasse o braço tocava-lhe. Pensei nisso, mas e depois que diria? Tomei, então, o café empatei com os goles de água, fumei dois cigarros e ganhei coragem. "José Mário Branco", disse-lhe "O meu pai esteve consigo em Paris, foi lá exilado político. Importa-se de lhe enviar um abraço aqui na parte de trás do extracto da minha conta?". Depois perguntou-me de quem se tratava, por onde havia andado, como é que eu me chamava e escreveu simpaticamente uma dedicatória ao meu pai que eu toda contente lhe ofereci e que ele, depois, todo contente me ofereceu a mim e que eu toda contente já fui guardar.
Caramba! Tantas prendas num só dia.
Translúcida loucura a que perpassa pelos teus braços quando me destes, amor, abraços.

De tão transparente, amor, foi fogosa, jocosa, maldosa, ardilosa a loucura contagiosa com que fiquei a braços.

Agora, amor, quero desembaraçar-me de ti e não posso, o amor é já nosso.
Não serei tua a não ser pela Palavra.
Possuíste-me mas a verdade, que é a morte do amor, falhou.
Ficou não dita!

sábado, 11 de julho de 2009

Sinceramente não sei

Não sei o que tinhas para seres tão bela. Gosto dos teus cabelos brancos que te dão a certeza das mulheres maduras. Quando for grande também deixarei crescer os meus cabelos pretos entrelaçados nos brancos e juro que serei parecida a ti: natural. Gosto das tuas rugas a ensaiarem-se no rosto. O sorriso que pões quando alguém dá um tropeção ou coisa desastrada do género como um peido, por exemplo. Não sei quem te disse que o mais bonito era as senhoras falarem baixo mas por certo tu não és mulher de gritos ou mesmo quem te terá dito que era feio as senhoras arrastarem os pés como sempre me dizias para não fazer. Não sei o que tinhas para seres tão bela. Gosto por natureza da tua pele morena também por natureza e dessa mania que tens de dizer que quando eras pequena vias passar os ciganos e querias ser como eles. Desejavas talvez sair da aldeia ter um je ne sais quoi de nómada que depois vieste a ser. Quando íamos para a praia compravas creme de cenoura e eras mais descontraída aí que em qualquer outro lugar. Apanhavas conchas e fazias fios e com o meu irmão brincos de missangas. Vestias as tuas saias longas hippies e cheiravas a nívea after sun. Não sei o que tinhas para seres tão bela. Cozinhávas para nós sem um queixume. Só à noite. Só ao jantar. Receitas novas para variar. Para desanuviar. Que nunca me ensinaste e que eu juro que gostava de ter aprendido. Não sei o que tinhas para seres tão bela. Gostavas de ver nascer bebés. Ficavas à cabeceira das mães, davas-lhes os teus braços até ficarem roxos da força que faziam. Não sei o que tinhas para seres tão bela. Quando eu era pequenina e havia um assunto secreto e falavas francês para eu não entender. No Inverno ocupavas-te a desenhar modelos de saias que às vezes vias nas montras e adaptavas, depois íamos à costureira e antes à loja dos tecidos. Tivemos vestidos lindos. E blusas de lã feitas por ti. Não sei o que tinhas para seres tão bela. Não sei e pergunto à fotografia e ela não me responde...

Fenómeno da escrita e da leitura


Hoje em dia ir a uma livraria já não é o que era! As estantes continuam, como há tempos, reservadas para diferentes áreas do saber. Até aí é fácil. Queremos sociologia vamos para a esquerda, queremos psicologia vamos para a direita, queremos informática seguimos em frente e assim sucessivamente. O problema coloca-se quando apenas e só queremos literatura. Às vezes vamos com ideias bem definidas e podemos desejar encontrar apenas autores de língua oficial portuguesa (angolanos, maçambicanos, brasileiros) ou escritores portugueses ou especialmente escritores ingleses ou franceses ou espanhois. E aí este, da nacionalidade, seria um bom critério de arrumação que facilitaria a pesquisa e a compra. Outro poderia ser a ordem alfabética dos apelidos. Outro, ainda, o de separar a poesia da prosa, a literatura de viagem dos guias turísticos, só para dar alguns exemplos. A Fnac é boa nisso, mas até ela padece do mal de muitas outras livrarias e do qual me vou queixar: a profusão de livros e livros e livros que a toda a hora surgem vindos sabe-se lá de onde. Esses têm todos um denominador comum: não prestam e como tal mereciam um espaço reservado chamado livro on ou livro da moda ou livro que vende ou livro light ou livro sem assunto ou livro que atrapalha ou livro não vale um escalho de erva. Mas não! São precisamente estes books os que mais se destacam nas livrarias. Estão na montra em primeiro plano, estão nos escaparates, estão nas escadarias, têm cinturas à volta chamativas, têm até preços razoáveis e a gente tropeça neles a todo o instante. Ele é "Não Sei Nada Sobre o Amor", da brilhante Júlia Pinheiro; ele é o "Sétimo Selo" de José Rodrigues dos Santos; ele é "Na Sombra da Noite" de um tal de J.R. Ward; ele é o "Sangue Fresco" de Charlaine Harris, enfim um nunca mais acabar de títulos muito enigmáticos com outra particularidade interessante: as capas. As capas, o design das capas assemelha-se em tudo neste tipo de livros. Das duas uma: ou aparece a fotografia do autor (quando ele é conhecido) ou então uma espécie de mistura entre fotografia envelhecida e desenho com fundos claros remetendo para o Além, letras muito rebuscadas, pontes, muros em queda, a lua, vapores, flores, véus, sombras.... Não sei que fenómeno é este!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O soberano interesse da criança. Onde?

As educadoras ensaiam dias e dias a fio. Dizem repetidamente às crianças que no dia tal têm que fazer assim, depois, assim, depois a seguir assim. As educadoras gastam horas infinitas a criar as indumentárias. Chapéus, laços, fitas, rabos, asas, unhas gigantes. Tudo com muito prateado. Tudo com muito dourado. E então eis chegado o dia. Convocam-se os pais, os avós, os tios. Máquinas de filmar em punho, máquinas fotográficas em punho. Tudo para apanhar o momento. Do seu filho, do seu neto, do seu sobrinho. Um excesso de solenidade nunca visto. E eis que as crianças sobem ao palco. Um susto. Aterrador. Ao fundo tudo escuro. A música começa e primeiro surgem os meninos da sala dos catrorze meses. CATORZE meses. Saberão ao que vão? Onde estão? Para que serve tudo aquilo? Certamente que não. E claro a seguir é ver as educadoras e as auxiliares atarantadas puxando uns para a esquerda outros para a direita. Sucedem-lhe os meninos da sala dos dois, três anos, depois dos quatro, depois dos cinco. Aí sim acredito que já exista noção do que estão a fazer: uma exibição para os pais e para a família. Uma despedida da escola, dos colegas, da educadora. Mas, mais uma vez, para quê tanto exagero? Tanta purpurina, lantejoula e brilhantina? Para quê faixas de finalistas, fitas de finalistas, chapéus de finalistas e um diploma. PARA QUÊ?

A angústia da página em branco

"Je me sens, par exemple, obligée d’alimenter le blog même quand je n’ai pas vraiment le temps (ou des idées de billets). Sinon, les emails commencent à arriver de lecteurs me demandant si tout va bien. Mais non que EXAGERO!
Parfois, j’écris un texte tard le soir, en rentrant d’un dîner qui s’est prolongé. Je me défoule, je balance tout ce que j’ai accumulé dans la journée. C’est une catharsis. Le lendemain matin, je me précipite avec angoisse devant mon écran et je découvre avec consternation ce que j’ai écrit la veille.
Ma seule souffrance est de ne pas rédiger assez et de me sentir coupable quand je vois les assez nombreuses connections de gens qui viennent vérifier si j’ai du nouveau alors que je n’ai rien fait."

Planos para as férias...

A pensar insistentemente num destino para as férias. Apetece-me sair daqui. Arejar. Mudar de ares. Aventurar-me estilo mochila às costas. Para onde hei-de eu ir?
Para a costa alentejana acampar no parque de campismo de São Miguel?
Para o Algarve acampar na ilha de Tavira?
O dilema mantém-se.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Eles a darem-lhe e a burra a pender

A fazerem notinhas de imprensa a conta gotas, assim a modos de que é para parecerem muitos. Agora o pretexto é a crise internacional.

Duas boas notícias


A actual directora da Biblioteca Municipal José Saramago é a bibliotecária Paula Santos que se encontra a preparar uma homenagem a Joaquim Figueira Mestre a ter lugar no próximo mês de Setembro.


Amanhã vou precisar de um anjo da guarda por minha companhia "a guardar a minha alma de noite e de dia".
Ai vou, vou.
Não que me encontre à beira do precipício como a menina que vemos na imagem, mas quase.

hoje...caguei na dieta

Bebi uma meia de leite com descafeínado, comi uma torrada (e não meia) e excedi a quantidade de hidratos de carbono e gorduras admissiveis por dia. Que se lixe! Foi só um dia.

terça-feira, 7 de julho de 2009

é tempo dos amantes

Contagem decrescente 20, 19, 18, 17...


...para as férias. Só faltam 20 dias. Úteis. Está quase!

bate bate coração


dentro do meu coração encontrei o teu
juntos a fazerem o nosso bater mais depressa
bum, bum, bum...bum, bum, bum...

Controle pidesco!

Quem foi? Quem foi? Que, no IPB, levou um puxão de orelhas por participar na apresentação de Beja Capital dos Saberes?
Quem foi? Quem foi? Que mandou puxar essas orelhas por intermédio de outrém?
SOMA e SEGUE. Mais UM.
Perderam a vergonha!! Estão desorientados.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Do Algarve a Beja ainda a tempo de...


À beira da ria. Formosa. Muito formosa.

domingo, 5 de julho de 2009

A ilha de hoje...


... é diferente. Diferente da de Faro, do Farol, das Desertas, da Armona. Diferente porque habitada pelos naturais de lá. Pelas pessoas que são realmente de lá. Não, apenas, uma estância turística.

É uma ilha de gente que vive do mar. Dos viveiristas, dos mariscadores, dos pescadores. De gente também que trabalha em Olhão e que todos os dias sai cedo para a labuta e que na volta do barco trás as compras em carros de mãos com rodinhas.

Gente que junta o que tem de melhor para construir a sua casa. Bonita para quem nela vive, kitsch para muitos dos que por ela passam.

Gente que se organiza não só para bailes, mas também em assembleias para decidir em que presidente de Câmara irá votar. Em massa. Gente que assim adquire muito peso junto do poder e que, unida, encontra forma de fazer prevalecer os seus direitos.

Hoje piscina com vista para o mar


sábado, 4 de julho de 2009

De Beja ao Algarve ainda a tempo de....



À beira da ria. Formosa. Muito formosa.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Friends



Mimá-los. Cuidar deles. Telefonar-lhe vezes sem conta para lhe avaliar os humores. Perguntar como estão. Descansá-los quando estão preocupados. Animá-los quando estão down. Chamar-lhes a atenção quando estão errados. Ouvi-los. Escutá-los. Dar-lhes conselhos. Passear com eles. Ir à praia com eles. Ir às compras com eles. Cozinhar com eles. Beber copos com eles. Ver filmes e espectáculos e tudo e tudo e tudo com eles. E inventar encontros com eles. E fazer projectos com eles. De férias. De jantares. De fins-de-semana por curtos que sejam.
E esperar por eles. Os amigos. Um amigo. Hoje. Por volta das cinco, cinco e tal.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ai, Ai!



Ando cá com uma fezada. Uma fezada daquelas! Que vai ser desta digo para mim própria. Que vai ser desta que a minha vida vai dar uma volta. Ai tanto que eu gostava.

De apanhar outros barcos, fazer outros caminhos em direcção a outros destinos.


Conduzindo eu o meu leme.


Vendo-me livre das redes onde estou metida. Mudar de faina.



Desatando as cordas que me prendem.



Para poder atracar noutro porto.

Ai que puta de fezada!