sábado, 11 de julho de 2009

Fenómeno da escrita e da leitura


Hoje em dia ir a uma livraria já não é o que era! As estantes continuam, como há tempos, reservadas para diferentes áreas do saber. Até aí é fácil. Queremos sociologia vamos para a esquerda, queremos psicologia vamos para a direita, queremos informática seguimos em frente e assim sucessivamente. O problema coloca-se quando apenas e só queremos literatura. Às vezes vamos com ideias bem definidas e podemos desejar encontrar apenas autores de língua oficial portuguesa (angolanos, maçambicanos, brasileiros) ou escritores portugueses ou especialmente escritores ingleses ou franceses ou espanhois. E aí este, da nacionalidade, seria um bom critério de arrumação que facilitaria a pesquisa e a compra. Outro poderia ser a ordem alfabética dos apelidos. Outro, ainda, o de separar a poesia da prosa, a literatura de viagem dos guias turísticos, só para dar alguns exemplos. A Fnac é boa nisso, mas até ela padece do mal de muitas outras livrarias e do qual me vou queixar: a profusão de livros e livros e livros que a toda a hora surgem vindos sabe-se lá de onde. Esses têm todos um denominador comum: não prestam e como tal mereciam um espaço reservado chamado livro on ou livro da moda ou livro que vende ou livro light ou livro sem assunto ou livro que atrapalha ou livro não vale um escalho de erva. Mas não! São precisamente estes books os que mais se destacam nas livrarias. Estão na montra em primeiro plano, estão nos escaparates, estão nas escadarias, têm cinturas à volta chamativas, têm até preços razoáveis e a gente tropeça neles a todo o instante. Ele é "Não Sei Nada Sobre o Amor", da brilhante Júlia Pinheiro; ele é o "Sétimo Selo" de José Rodrigues dos Santos; ele é "Na Sombra da Noite" de um tal de J.R. Ward; ele é o "Sangue Fresco" de Charlaine Harris, enfim um nunca mais acabar de títulos muito enigmáticos com outra particularidade interessante: as capas. As capas, o design das capas assemelha-se em tudo neste tipo de livros. Das duas uma: ou aparece a fotografia do autor (quando ele é conhecido) ou então uma espécie de mistura entre fotografia envelhecida e desenho com fundos claros remetendo para o Além, letras muito rebuscadas, pontes, muros em queda, a lua, vapores, flores, véus, sombras.... Não sei que fenómeno é este!!

1 comentário:

Anónimo disse...

quero divulgar meu blog. hehehe.
http://queremosinformatica.blogspot.com

[]'s
Thiago Barros Gaspar