terça-feira, 30 de junho de 2009

Lembrou-me a minha avó Mêmê



Já tinha confessado que adoro literatura para a infância? (e não literatura infantil, atenção!!). Já?

Pois então. Quem quiser ver-me feliz pode oferecer-me livros feitos a pensar nas crianças. Não uns quaisquer (um dia eu explico a diferença entre os bons e os maus).

Uma amiga que queria ver-me feliz fez o favor de me oferecer recentemente "Guilherme Augusto Araújo Fernandes" um livro lindíssimo e que eu adorei.

Sobre o próprio a editora diz o seguinte:
"Este título é o nome do personagem, que era vizinho de um asilo de idosos, todos seus amigos. Mas era de Antônia que ele mais gostava. Quando soube que ela perdera a memória, quis saber o que isso significava e foi perguntar aos outros do asilo. Como resposta, ouve que memória é algo: bem antigo, que faz chorar, faz rir, vale ouro e é quente. Então monta uma cesta e vai levá-la a Antônia. Quando ela recebe os presentes 'maravilhosos', conchas, marionete, medalha, bola de futebol e um ovo ainda quente, cada um deles lhe devolve a lembrança de belas histórias."

"explicação dos pássaros"

... e às tantas escutei "não entres tão depressa nessa noite escura".
Parei. Não avancei mais. Tive medo. Achei injusto, mas parei. E fiquei à espera. De novidades. Parecia-me a "ordem natural das coisas".
Como não surgiam, inventei-as, criei-as, forcei-as. Transformei a vida num "manual dos inquisidores" e vi-me metida no "auto dos danados". E às tantas, outra vez, escutei em tom de aviso "não entres tão depressa nessa noite escura". Agora era a sério.
Parei de novo e desta vez achei justo. Não quero mais viver no mundo dos "cus de judas". Já não tenho medo. Já não estou à espera, qual "fado alexandrino". Não avançei mais sob pena de vir a ter o "conhecimento do inferno".
Quando o coração nos sussura temos que levá-lo a sério, caso contrário, corremos o risco de dizer muitas vezes "hoje não te vi em Babilónia" e de perdermos o que temos de melhor, a "memória de elefante".
E aviso já: este exercício até podia ser um "tratado das paixões da alma", mas não. É uma simples "exortação aos crocodilos".

A arte é mesmo pública



Para quando a apresentação em Beja?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Fui e vim. Fui e vim outra vez e finalmente estou novamente em Beja. Chego já tarde. Não arrumo as trouxas. Durmo apenas. E hoje volto para o trabalho. Há muito que fazer. E o que tem que ser tem muita força. Bah!

Mami


Gosto Tudo de Ti

Fim-de-semana






Doí-me o corpinho. Estou moída. Cansada com aquele cansaço bom. Da praia. Da moleza da praia. Ontem uma estafa, hoje outra. Andar, andar, andar para descobrir o melhor dos areais. A tralha às costas. As toalhas, as sandes e os sumos, a sombrinha. Mas adiante.
Ontem como hoje: barco, logo ilhas. Primeiro a do Farol, depois a da Armona. O meio de transporte de hoje era, assim - como direi? - um tanto ao quanto esotérico. E estava "estacionado" lado a lado com uns escombros viscosos. Mas a viagem correu bem.

Das ilhas (quer uma quer outra) fiquei com a ideia de serem pouco habitadas, porém ambas têm casas, casinhas. Pequenas, com jardins e flores que nascem da areia. Como não sei, mas elas estão lá a ladear as pequenas ruas que temos que atravessar. E são bonitas. As flores. As casas. E as ilhas.
O mar calmo, tranquilo. A água morninha. O areal extenso. De perder de vista.

E à noite para terminar em beleza Festival Med. As ruas de Loulé repletas de tendinhas de bijuterie e outras quinquelharias. Seis palcos montados. Outros tantos concertos a decorrer.

Às vezes bastam apenas dois dias para nos sentirmos de férias. E é tão bom.

Um mundo de fantasia outra vez






Exposição da autoria de Joana Vasconcelos

domingo, 28 de junho de 2009

Hoje tropeçei num mundo de fantasia












Hoje a caminho sabe-se lá de onde os meus olhos viram coisas inéditas, inauditas, inverossimeis: cogumelos a nascer das rochas, polvos a sair do betão e ostras à beira de uma janela.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ele vai ao Festival Med ver os Buena Vista Social Club. Hoje. Amanhã (já comprou bilhete) vai ver o Camané também no dito Festival. Ele lê o Público todos os dias. E ensina-me coisas de politica internacional. Ele compra os dvd's do Público todos os sábados. Ele vê os cinemas todos que estão em cartaz. Ele outro dia foi dar uma aula sobre o 25 de Abril e eu avisei-o "Vê lá não chores". Quando chegou disse-me "Oh! foi como tu dissesste: chorei". É que ele chora sempre no 25 de Abril. Ele adora Fóruns e Centros Comerciais. Sabe o nome das lojas. Sabe o número que eu visto e o perfume que eu uso. Se tem que escolher uma mala para mim e outra para a minha irmã, ele acerta de certeza. Ele usa cremes para o rosto. E não tem vergonha tem vaidade. Ele vai muitas vezes a Lisboa. E, entre outros sítios, vai ao Ikea e traz-me velas de cheiro. Ele faz as máquinas de roupa lá em casa. E também vai aos supermercado. Ele hoje deu-me uma "lição" sobre a pescada ideal para cozer: tem que ser número cinco ou três, ter proveniência chilena e custar entre sete a nove euros. Por estas e por outras (muitas, muitas outras) ele é um homem muito especial.
E se tivesse aqui a minha mãe, dir-me-ia "Ele quem? Não é ele que se diz. É o meu pai".

Coisas que não interessam a ninguém


Hoje comprei dois vestidos. Nos saldos, claro! Não digo os tamanhos. Assentam-me bem. E com o bronzeado melhor ainda, espero...

Um é cor de tijolo o outro preto porque, como dizia a outra, "com um vestidinho preto eu nunca me comprometo".

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Desabafos


Detesto gente que adora ouvir-se. Que fala alto também para que todos oiçam. Que se interpõe. Que se intromete. Que se chega à frente. Que faz muitas perguntas só para sugar, vampirizar, cuscar, não porque realmente se interesse. Detesto gente que tem uma opinião sobre tudo. Que adora falar, falar, falar. Que não sabe conversar. Que faz do interlocutor balde do lixo vomitando-lhe uma enorme verborreia para cima. Gente que não ouve. Que - geralmente - diz também muito mal da outra gente. Que tem sempre um episódio para contar a propósito disto ou daquilo. Um episódio que se passou consigo, com a sua prima, com a sua tia. Detesto gente que diz: "Ai! Que horror!", "Ai que fantástico", "Ai que espectacular". Gente histérica. Detesto gente que fala muito de si própria: "Eu gosto disto", "Eu não gosto daquilo", "Eu fiz assim", "Se não fosse eu"...eu, eu, eu, até à exaustão. Que enjoo!

Nota: Quando eu encontrar um livro de António Lobo Antunes que está emprestado por aí algures, transcrevo-vos uma crónica que descreve bem este tipo de pessoa que, regra geral, acumula todos estes traços de personalidade. Trata-se - quanto a mim- de um tipo de pessoa. Mesmo!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Amigo de fazer rir





O dono deste bar e cartoon (bartoon) é o homem que me faz rir todos os dias (ou quase) à hora de almoço. A mim e a grande parte do país. Aos leitores do Público e do também diário A Bola onde publica Barba e Cabelo.

Trata-se de um artista muito talentoso, muito criativo, muito inventivo, cheio de humor, donde ser alentejano não é um pormenor.

Obrigada Luís Afonso.

Projectos de curto prazo

Gosto do sossego. Ah! se gosto. Da paz da minha casa. Da tranquilidade. Mas a minha cabeça não pode parar. Se estou em casa tenho que estar entretida com alguma coisa: ou leio ou escrevo ou cozinho ou vejo filmes ou oiço música ou outra coisa qualquer que antecipadamente já inventei e já pensei. Com calma, relaxada, mas entretida. No meu ritmo muito próprio. Isto se pensar nos fins-de-semana porque aos dias ditos "úteis" as rotinas impõem-se e são outras.
Certo, certo é que eu tenho que ter sempre um projecto, um projectozinho, um plano, uma ideia sobre o que farei a seguir. Por isso dou por mim muitas vezes a meio da semana a pensar no fim-de-semana seguinte e o que mais me motiva é a oportunidade de estar com os amigos e as amigas que são tão poucos e estão tão longe. Hoje estava eu nesse dilema: vou não vou, combino com estes, combino com aqueles e, eis senão quando, recebo por e-mail a notícia de que vêm ter comigo.

Contra todas as previsões metereológicas (ninguém vai nem ninguém vem para Beja com este calor) e também do mapa astral (eh!eh!eh!) ... terei visitas.
E pronto! São coisas pequenas como esta que me fazem feliz.
Mesmo feliz!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Amanhã...

... para começar bem o dia: sessão de esclarecimento sobre financiamento e empreendedorismo cultural.

domingo, 21 de junho de 2009

Estação de comboios de Baleizão





































Não tirei hoje. Já tinha "de outros tempos".

...os escritores da nossa terra

Andei a dormir. Estive distraída. Não sei o que sucedeu. Não dei pelo lançamento deste novo livro. E ninguém me avisou. Descobri-o hoje. Ou melhor descobriram-no hoje por mim. Não é o primeiro da autora. Esse chamava-se "Malaquias" e foi lançado nas Andarilhas de 2007 se a memória não me engana. Agora temos o segundo já nas livrarias. Chama-se "Na minha casa somos sete". A autora é nossa conterrânea. É bibliotecária na nossa Biblioteca. É uma mulher grande, forte, criativa, cheia de garra. É Cristina Taquelim.

Recebida por sm's agora mesmo

"Ola amigo amanha é lançado o album do Benvinda na antena 3. temos o dia todo pa ouvir o nosso amigo. antena 3, nao eskecer. abraço. fika bem."
NOTA: Copiada na íntegra com os respectivos erros e tudo.

domingos de hoje


Começou hoje o Verão. Está um calor dos diabos, mas eu que estou em casa arejada sinto-me fresca que "nem uma alface". As roupas são minímas e ando descalça.
Já lavei roupa e já estendi. Não tarda está pronta para passar (lá prá noitinha). Já pus a máquina da loiça a trabalhar e já a arrumei nos devidos lugares; já aspirei e já lavei o quarto, a sala, o corredor, a casa de banho, a cozinha, tudo; já limpei o pó e lavei o chão de cada um. A minha casa cheira a Cif Vinagre.
Acabadinha de sair do banho vou almoçar: ou soja ou tófu ou seitan com muita salada. E sopa. Depois tomarei o meu café e passarei a tarde a ler os jornais, o livro que tenho agora à cabeçeira da cama, espretarei o telejornal e as Escolhas de Marcelo. Mas, de casa é que eu não saio. Com toda a certeza.

sábado, 20 de junho de 2009

A Primavera tem andado arredia. Começou tarde. Deu o "ar da sua graça" na semana passada, mas eu, apesar de ter estado de férias e perto do mar só fui à praia à noite. Na semana passada e hoje.
Descalçei a sandaleca, enterrei os pés na areia fresca, arregaçei a calça e fui molhá-los no rebentar das ondas. Depois deitei-me a contemplar as estrelas e enquanto respirava aquele ar de maresia e sentia aquele fresco húmido nos braços ...estive ali...Soube-me tão bem!

Ao retrato de Catarina

Esses teus olhos enxutos
Num fundo cavo de olheiras
Esses lábios resolutos
Boca de falas inteiras
Essa fronte aonde os brutos
Vararam balas certeiras
Contam certa a tua vida
Vida de lida e de luta
De fome tão sem medida
Que os campos todos enluta

Ceifou-te ceifeira a morte
Antes da própria sazão
Quando o teu altivo porte
Fazia sombra ao patrão
Sua lei ditou-te a sorte
Negra bala foi teu pão
E o pão por nós semeado
Com nosso suor colhido
Pelo pobre é amassado
Pelo rico só repartido

Tanta seara continhas
Visível já nas entranhas
Em teu ventre a vida tinhas
Na morte certeza tenhas
Malditas ervas daninhas
Hão-de ter mondas tamanhas
Searas de grã estatura
De raiva surda e vingança
Crescerão da tua esperança
Ceifada sem ser madura

Teus destinos Catarina
Não findaram sem renovo
Tiveram morte assassina
Hão-de ter vida de novo
Na semente que germina
Dos destinos do teu povo
E na noite negra negra
Do teu cabelo revolto
Nasce a Manhã do teu rosto
No futuro de olhos posto

Carlos Aboim Inglez

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Assim se vê a força do PC!


Desconheço o interior dos partidos. Os meandros dos partidos. As estruturas de cada um. Mas percebo facilmente que o PCP tem uma capacidade organizativa ímpar. A Festa do Avante é apenas um dos exemplos de como os comunistas se organizam bem, se mobilizam integralmente por uma causa muito sua e conseguem erguer com trabalho voluntário um extraordinário evento. Duvido que noutros partidos exista assim tanta capacidade de mobilização e tanta organização.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Cor de rosinhas rosinhas rosinhas









Acho-lhes piada quando sobre uma cama relaxadas meio despidas, meio vestidas são enquadradas por uns titulos assim tipo "Estou deprimida" ou "Quero muito ser mãe" ou ainda por exemplo "Encontrei o meu princípe encantado". Sempre com o mesmo ar penteado, muito arranjadinho, a perna ao léu, os decotes descaídos. Sem olheiras, sem rugas, sem nada a destoar.
Ou quando surgem nas bancas grandes manchetes como "Fulano mata Fulana" e nós, logo, logo ficamos sem saber se se trata de um facto da vida real se das telenovelas. Veja-se o ar enamorado dos casais, as suas casinhas compostas tão arrumadas que parece que ninguém lá vive. São muito interessantes estas revistinhas. Tanto se servem delas actores, actrizes, jornalistas, jogadores de futebol como políticos. E não são todos tão lindinhos? E elas tão belas?
Vem isto a propósito de dois episódios recentes. UM: Enquanto lia uma destas revistas no café uma colega comentava "Ai, estas revistas são todas uma treta" e logo a seguir, sem querer, descaiu-se e disse "Olha a não sei quantas (não me lembro) cortou a franja". DOIS: No bate-papo do gmail aparece associado ao nome de uma amiga a frase "Apetece-me desaparecer daqui" e depois a foto é a de uma menina linda levantando a sainha em ar de não sei quê e um sorriso nos lábios.
Nuns casos como noutros há qualquer coisa que não bate certo!

Festival Ambiental

Estes arruaçeiros têm garra!

Assisti ao primeiro e gostei.
Já vão para o terceiro.
Força!

Hoje acordei contente. Recebi um convite. Digamos antes uma proposta. Para fazer conteúdos. Já me pagaram por isso. E eu gostava. E gosto. E estou contente. BOM-DIA!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Profano versus Sagrado: a cidade de Beja

Não conheci o desvario do meu amor senão quando me esforcei de todas as maneiras para me curar dele, e receio que nem ousasse tentá-lo se pudesse prever tanta dificuldade e tanta violência. Creio que me teria sido menos doloroso continuar a amá-lo, apesar da sua ingratidão, do que deixá-lo para sempre. Descobri que lhe queria menos do que à minha paixão, e sofri penosamente em combatê-la, depois que o seu indigno procedimento me tornou odioso todo o seu ser.







É apenas um excerto da quinta carta (e última) que a freira Mariana Alcoforado enviou ao cavaleiro francês Chamily.

São apaixonantes estas cartas. Falam-nos de um amor arrebatador. Fugaz. Porque "o que é eterno é quase sempre fugaz". Carregado de sofrimento, mas ainda assim belo. Estão traduzidas em várias línguas. Já serviram de inspiração a escritores, filósofos, cineastas e pintores como Matisse e Modigliani.

Tenho várias edições das Lettres Portugaises. Gosto desta obra literária e gostava que Beja gostasse mais dela também. Que a estimasse e à figura de Mariana e que soubesse fazer delas uma fonte inigualável de turismo cultural. (Re) editando as cartas, fazendo a sua contextualização histórica, criando merchandising, promovendo visitas ao actual Museu, enfim, dando corpo a toda uma estratégia de comunicação e marketing que o tema e a cidade merecem.

Sem esquecer a este propósito As Novas Cartas Portuguesas escritas, em 1972, por Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta. Há ligações possíveis à actualidade e a diferentes períodos da História Portuguesa. O Arte Pública já o soube demonstrar e bem através da sua peça Marianas. Por exemplo!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Nem de propósito...

O Governo prometeu a devolução do IRS no prazo de um mês. No entanto, tal não está a acontecer com os trabalhadores independentes. Estamos à espera! Sentados.

Ao que isto chegou!

A precariedade e os recibos verdes em Portugal são notícia no Le Monde .
Comme Myriam, près de 1 million de Portugais sont considérés comme des prestataires de service. Mêmes s'ils pointent chaque jour à l'usine ou au bureau, avec des horaires fixes et des collègues de travail qu'ils fréquentent depuis des mois, voire des années, leur patron reste un simple client à qui ils facturent une prestation et qui peut interrompre la collaboration du jour au lendemain. "Comme on présume que tu es indépendant, tu n'as aucun des droits d'un salarié", s'irrite-t-elle. Pas de congés payés, pas d'indemnités de chômage ou journalières pour maladie.

domingo, 14 de junho de 2009

Desafio: escrever a fotografia, dizê-la

Andei por aí e por ali a tirar fotografias. Não são grande coisa, mas eu continuo e insisto em continuar a tirá-las. Algumas ilustram ou podem ilustrar textos, outras merecem meras legendas, outras (mas isso é quando são mesmo, mesmo muito boas) dispensam qualquer palavra. Hoje deixo aqui o desafio à Moi Chéri (dona de um dos meus blogues preferidos) que comente a foto que se segue. Vi, achei piada e cliquei.
Nota: se achar o convite uma parvoíce imensa, abstenha-se e "cague" nisso.
Obrigada.

Gosto de destroços, ruínas, abandonos





Sem título, sem palavras. Secúlo XXI?




domingos de ontem

beber uns copos na confusão do bar conversando. caminhar noite fora para casa a pé. um tanto ao quanto almariados. divertidos. enfim. adivinhar-te e tu a mim. adormecer entrelaçados. acordar tarde. levar o pequeno-almoço à cama naquele tabuleiro gigante. dormir outra vez. talvez. tomar um banho para dois retemperador e tomar um café de óculos escuros. estar assim a contemplar o dia. o fim do fim-de-semana. voltar para casa e inventar um almoço. comer com calma. deixar os pratos a repousar na mesa. sair para ir tomar outro café. depois entrar no carro e ir ver os campos verdes, castanhos, amarelos consoante a altura do ano. chegar a casa outra vez. ficar queda e muda a ouvir música. aconchegada. pensar em ir jantar fora àquele sítio assim. tomar aquele vinho tinto. conversar, conversar, conversar. partilhar a cama. a noite. o princípio do dia. e esperar que o amanhã seja …contigo, outra vez.

sábado, 13 de junho de 2009

Estereótipos e preconceitos


Foi por pura curiosidade que comecei a comprar o jornal "i". Aliás, o primeiro exemplar que li foi-me oferecido. Agora compro-o com regularidade mas apenas ao fim-de-semana. O meu jornal dos outros dias é mais público. E compro o "i" ao sábado porque ele trás um suplemento (que é uma revista) chamado "nós" que é editado por Pedro Rolo Duarte ex-editor da extinta belíssima revista DNA que consumia e colecciona avidamente. Todas as semanas a "nós" é dedicada a uma característica dos portugueses. Já tenho a dos criativos, a dos descobridores e a dos chicos espertos. E hoje fiquei com mais uma: a dos preguiçosos. O tema é engraçado, mas...A equipa redactorial desdobrou-se em esforços e foi falar com a Associação Nacional dos Amigos da Sesta, com a Sociedade de Apreciadores de Nuvens e deu à estampa duas crónicas, sendo uma delas escrita por um bloguista. Interessante até aqui. E interessante também pelas fotografias encenadas que tirou ao dia-a-dia de dois ou três preguiçosos. Mas, ...dizia eu lá atrás, os jornalistas cederam à tentação fácil de ir falar também - adivinhe-se com quem? - alentejanos mergulhando assim no grande estereótipo daquilo que é a preguiça. É claro que o resultado foi desastroso. A reportagem, em si mesma, tem muita falta de elemento humano, abusa dos adjectivos e de considerações do senso comum, não oferece dados quantitativos, é um mero exercício de escrita criativa em torno de um preconceito. Os lugares visitados foram Beringel, Serpa e Baleizão a que apelidaram de vila. Não gostei!
Já não consegui dormir a sesta!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ervas de Beja espalham-se pelo País


Não sabia. Desconhecia de todo, por isso tive uma agradável surpresa quando encontrei num destes supermercados ao Sul, umas embalagens de chá produzido em Beja. A iniciativa pertence à empresa ErviBeja e pelos vistos tem sido bem sucedida, tendo uma forte distribuição também no Centro do País.

"Apostamos na qualidade dos nossos produtos, excluivamente naturais, sem qualquer tipo de aditivos ou transformações. As nossas plantas de chá são provenientes das melhores origens. São seleccionadas criteriosamente nas nossas instalações e posteriormente embaladas e distribuídas pelos diversos clientes, cumprindo sempre as normas de Higiene e Segurança. Cada embalagem contém toda a informação necessária ao consumidor." Pode ler-se no seu blogue.


Gosto de ver ideias empreendedoras e que vingam a partir da minha terra.
Já tinha visto praças, largos e ruas, mas jardins ainda não. Até hoje!