terça-feira, 30 de junho de 2009

"explicação dos pássaros"

... e às tantas escutei "não entres tão depressa nessa noite escura".
Parei. Não avancei mais. Tive medo. Achei injusto, mas parei. E fiquei à espera. De novidades. Parecia-me a "ordem natural das coisas".
Como não surgiam, inventei-as, criei-as, forcei-as. Transformei a vida num "manual dos inquisidores" e vi-me metida no "auto dos danados". E às tantas, outra vez, escutei em tom de aviso "não entres tão depressa nessa noite escura". Agora era a sério.
Parei de novo e desta vez achei justo. Não quero mais viver no mundo dos "cus de judas". Já não tenho medo. Já não estou à espera, qual "fado alexandrino". Não avançei mais sob pena de vir a ter o "conhecimento do inferno".
Quando o coração nos sussura temos que levá-lo a sério, caso contrário, corremos o risco de dizer muitas vezes "hoje não te vi em Babilónia" e de perdermos o que temos de melhor, a "memória de elefante".
E aviso já: este exercício até podia ser um "tratado das paixões da alma", mas não. É uma simples "exortação aos crocodilos".

2 comentários:

João disse...

Yesssss!

be(i)ja disse...

João - Acho que só você é que entendeu o meu "texto". Trata-se de uma brincadeira com alguns dos títulos de António Lobo Antunes. Conhece as crónicas do autor? São deliciosas!