Portfólio


1998 - 2000
SAIR DA CASCA (2 anos)
Lisboa

A Sair da Casca - Comunicação Pedagógica era uma empresa pequena constituída só por mulheres.
Começei a minha colaboração com a agência em Junho de 1998, prestes a terminar o meu curso. Fi-lo porque queria viver com o meu namorado de então. Queria ganhar o meu dinheiro, ser autónoma, viver com ele sem pedir mesada ao meu pai.
Entrei, por isso, a fazer telemarketing. Directamente dos escritórios ligava dias inteiros para escolas de todo o País de Norte a Sul.
Basicamente a conversa consistia no seguinte: "recebeu a nossa documentação sobre o programa X? e está interessada em encomendar? quantos são os alunos? e os professores? importa-se de, no final da actividade, responder ao nosso questionário?".
Ou seja, começei pelo final da linha.
A Sair da Casca tinha um gabinete de prospecção de mercado, um gabinete de elaboração de propostas aos clientes, um gabinete de conteúdos e design, e finalmente um gabinete de distribuição. Era nesse que me encontrava.
Os projectos que preparavam na Sair da Casca visavam a comunicação das diferentes marcas no seio das escolas e de uma forma pedagógica. Por exemplo, para o BES desenvolveu-se um programa sobre a entrada em vigor do euro; para a Lactogal (Agros, Gresso e Mimosa), um programa educativo sobre as vantagens de introdução do leite na alimentação; para a Sonae um programa sobre educação para o consumo denominado "Compra, Peso e Medida".
Os materiais eram de boa qualidade e com ilustrações do mais alto nível elaboradas na sua maioria por Danuta Wojciechowska. Todos os programas previam um caderno para o aluno, um para o professor com pistas de exploração dos temas, concursos, cartazes para decorar as escolas, tudo gratuitamente (ou seja pago pelo cliente).
Para entrarem nas escolas estes documentos tinham sempre a aprovação do Ministério da Educação e diga-se - a bem da verdade - que suprimiam algumas lacunas do próprio Ministério.
Com o tempo tornei-me responsável da base de dados (BD) da agência, uma BD com milhares de contactos que comunicava directamente com o armazém para expedição das encomendas. Gastava-se em CTT muito dinheiro.
Depois, a BD foi delegada noutra empresa e tornei-me responsável de logística fazendo a coordenação entre ambas as entidades, sendo que me cabia a mim a feitura dos relatórios para os clientes (números, gráficos, tabelas, conclusões).
Mais tarde tive a oportunidade de acompanhar alguns materiais na gráfica (ainda no tempo dos fotolitos) e passei depois a fazer de intermediário entre os clientes e a agência, na medida em que sugeriam alterações de conteúdos e de forma nos documentos. Chamavam-me, então, gestora júnior.
Gostei de trabalhar nesta agência. Mantive-me por lá durante 2 anos, pois saí em Junho de 2000. As suas responsáveis tinham uma óptima visão de futuro e descobriram um nicho de mercado completamente inexplorado em Portugal.
Contudo, a gestão não era a melhor o que levou à saída de várias colaboradoras. Comemorávamos a entrada de novos clientes com Moet et Chandon e almoçávamos na Bica do Sapato ou outros que tais, por isso...
Na mesma altura que eu saiu também a Isabel Martins, conhecida autora de livros para crianças, premiada e fundadora da agência Planeta Tangerina, uma editora e empresa deveras interessantes.
A agência mudou de nome várias vezes. De Sair da Casca comunicação para crianças e jovens passou para comunicação pedagógica, depois para responsabilidade social e actualmente foi vendida a outra empresa que hoje se dedica ao tema do desenvolvimento sustentável. Vale a pena espreitar o site.










Julho 2000 - Setembro 2000

DIÁRO DO ALENTEJO (3 meses)
Beja

Integrei a equipa deste jornal logo após a minha saída da "Sair da Casca". Regressava a Beja com um certo ritmo e estilo de trabalho de maneiras que quase "tive um choque". A convivência foi, no entanto pacifíca, tendo sido melhor recebida pelas jornalistas que pelas designers. Gostei sempre muito do trabalho dos fotógrafos que me acompanharam e vivi algumas peripécias nas saídas de trabalho: uma em São Teotónio, com o Zeca Serrano a outra em (como direi?)...viagem para Brrancos com a Aúrea Dâmaso que ao dar-me boleia para aquela terra raiana, a fim de fazermos a reportagem das toradas e festas barraquenhas, me surpreendeu com um directo feito a meio do caminho, ali para os lados de Baleizão onde se dizia que o touro já estava prestes a ser morto na arena.
Entre breves, notícias, inquéritos de rua e reportagens fiz também a arrumação do arquivo que me deu um gozo imenso, pois tive a possibilidade de folhear várias dezenas de encadernaçoes de jornais antigos, nos quais descobri coisas fantásticas. Além de fichas de sócios bem antigas e outros materiais que - estou certa até hoje - daria uma excelente exposição.
Estou também em crer que todos os recursos poderiam ser melhor aproveitados e que o semanário que tem nome de diário poderia mesmo vir  ater essa periodicidade.

















Outubro,Novembro, Dezembro 2000

(3 meses)
Beja&Lisboa

A estudar para terminar as cadeiras que faltavam do curso.

Janeiro - Junho 2001
ALI- ASSOCIAÇÃO LIVRE DE IDEIAS
(6 meses)
Beja

É curioso como tenho desta breve passagem de meio ano pela ALI apenas um conjunto de ideias vagas. Percebi recentemente que o meu papel lá foi o de produtora, pese embora o facto de, enquanto lá estive, não ter nome nenhum a não ser o meu próprio. Categoria, quero dizer.
A ALI era uma associação à data fundada pelo Jorge Caetano, mais conhecido por Cocas, meu amigo do peito e pelo António Manuel Revez.
Fiz de tudo um pouco na ALI. Reuniões com o sector educativo da Câmara Municipal de Beja, reuniões com a vereação em Odemira. Montagem e desmontagem de espectáculos de teatro de rua na Cuba e na Vidigueira. Organização de ciclos de cinema no IPJ. Outras tantas reuniões no Inatel. Organização das contas da associação, limpeza e manutenção do espaço, enfim. Deveriam de existir, em Beja, mais associações deste género: empreendedoras, criativas e audazes.

não posso acrescentar aqui quaisquer imagens, pois não guardei absolutamente nada. nada!

Julho 2001 - Julho 2002
MAIS ALENTEJO (1 ano)
Beja

Sai da ALI para ir para aqui (ih, ih). Efectivamente assim foi. Contra tudo e contra todos! Beja é maldizente. Muito. De maneiars que me avisaram: o homem é isto, o homem é aquilo, o homem faz 30 por uma ____. Mas eu pensei. "Beja é maldizente, quando tomam alguém de ponta dá nisto" e arrisquei contente.
Trabalhei muito e bem na revista Mais Alentejo. Fiz trabalhos de que muito me orgulho. Tinha inteira liberdade editorial. Espaço em todas as reuniões de redacção. As minhas sugestões eram escutadas, ouvidas e levadas a bom termo.
Porém, a gestão de A. Sancho era danosa: dívidas ás gráficas, dívidas às distribuidoras, dívidas aos trabalhadores, dívidas à segurança social e uma forma de captação de publicidade - a todos os níveis - duvidosa.
Por falta de pagamento insurgi-me, para não ser conivente com os despedimentos em massa que ocorriam quase diariamente e para não compactuar com jantaradas mensais com uísque Cardu em tempo de crise - demite-me e coloquei o caso em tribunal. A história acabou em bem para mim, o trabalho que lá desenvolvi foi muito importante para a minha formação jornalística, pese embora o desfecho pouco amigável.




Agosto 2002
FÉRIAS
Beja

Outubro 2002 - Outubro 2005
CAMPO DOS MEDIA
Beja

Setembro 2002 - Julho 2007
ESCOLA PROFISSIONAL BENTO DE JESUS CARAÇA (5 anos)
Beja

bem... já volto. amanhã há mais!