Um telefonemazinho para a secretária que dá um toquezinho ao doutor que arranja um espaçinho para a radiografia;
Um cafezinho com um amigo do amigo que trabalha no hospital e arranja uma vaga especial;
Um contacto com um conhecido que diz se ele estava no café ou não, se bebeu vinho tinto ou cerveja;
Uma volta de carro pela zona com uma amiga que conhece outra que conhece aquela e sabe ver se ela tem o carro à porta de casa ou se anda dando ao escalho;
Um recado da Cristina, que manda falar com a Maria, que encaminha pró Caixote, que diz à mulher para marcar atendimento com o Xico, blá, blá, blá...
Tudo por fora do sistema. Tudo por entre o meio, enrroscado, enrrolado, na pedincha, no faz favor, no obrigado. Em troca umas garrafas de vinho, uns bolinhos pelo Natal, outros pela Páscoa, umas florinhas. E a anuência de quem trabalha nos serviços? Que alimenta isso, que gosta disso, que sente ter poder por isso, que deixa passar à frente, que ignora as filas de espera, que favorece.
Em vez de irem em frente, directos ao assunto, através de-mail's, faxes...Não! Recadinhos, diz que mandei dizer que fulano me pediu para... aquela filha do não sei quantos e da dona não sei quê que trabalha ali que tem uma casa assim que pode um dia a gente precisar não se sabe.
Dizem que há três poderes. Outros mais ousados quatro: a comunicação social. E eu cinco. Pelo menos em Beja. O poder do enleizinho para conseguir qualquer coisa pró coisinho.
Um cafezinho com um amigo do amigo que trabalha no hospital e arranja uma vaga especial;
Um contacto com um conhecido que diz se ele estava no café ou não, se bebeu vinho tinto ou cerveja;
Uma volta de carro pela zona com uma amiga que conhece outra que conhece aquela e sabe ver se ela tem o carro à porta de casa ou se anda dando ao escalho;
Um recado da Cristina, que manda falar com a Maria, que encaminha pró Caixote, que diz à mulher para marcar atendimento com o Xico, blá, blá, blá...
Tudo por fora do sistema. Tudo por entre o meio, enrroscado, enrrolado, na pedincha, no faz favor, no obrigado. Em troca umas garrafas de vinho, uns bolinhos pelo Natal, outros pela Páscoa, umas florinhas. E a anuência de quem trabalha nos serviços? Que alimenta isso, que gosta disso, que sente ter poder por isso, que deixa passar à frente, que ignora as filas de espera, que favorece.
Em vez de irem em frente, directos ao assunto, através de-mail's, faxes...Não! Recadinhos, diz que mandei dizer que fulano me pediu para... aquela filha do não sei quantos e da dona não sei quê que trabalha ali que tem uma casa assim que pode um dia a gente precisar não se sabe.
Dizem que há três poderes. Outros mais ousados quatro: a comunicação social. E eu cinco. Pelo menos em Beja. O poder do enleizinho para conseguir qualquer coisa pró coisinho.
4 comentários:
Há muito que não concordava tanto contigo!
Txiii mãezinha! É assim ou não é?
Há redes, as do Pc as do PS , as dos ricos a das tias enfim...mas também dos diversos Institutos, Serviços e quejandos...o poder informal tem muita força e passa à frente a toda a gente...os chefes dos serviços são muitas vezes aqueles que menos respeitam os interesses do publico e dos utentes. Só quero deixar uma palavrinha, de há uns tempos para cá se acho que estou a ser privado dos meus direitos faço queixa às várias entidades desde logo no livro de reclamações, outras vezes directamente para as várias entidades reguladoras. Desde que com razão e bem fundamentado essas mesmas entidades teem-me dado razão..
Eu cá também me queixo, mas ele há coisinhas transparentes que ninguém pode dizer ou provar que viu!
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