terça-feira, 25 de maio de 2010

Pesquisas on-line

A Ana Maria é uma menina com dez anos. Anda já no segundo ciclo e a professora pede-lhe para fazer trabalhos de casa e enviar por e-mail. No tempo em que eu andava na universidade ainda não havia e-mail. A Ana Maria já tem conta, sabe abrir, fechar e consultar o mail dela. Sabe até juntar anexos, porém quando chega a altura de enviar o trabalho pergunta à mãe o que deve escrever. Eu ajudo a Ana Maria. Quando posso. E disse-lhe qualquer coisa como "cara professora, tal como combinámos ...".
Outras docentes pedem à Ana Maria e aos colegas que realizem outros trabalhos e a Ana Maria (vi eu) vai ao google e escreve aquelas que ela pensa serem as palavras-chave. "Lisboa Quinhentista", ENTER. Surge-lhe uma página cheia de hipóteses e a Ana Maria carrega na segunda. Na primeira não porque percebeu que se tratava de uma mapa, mas na segunda porquê? Eu não sei e ela também não. No tempo em que os professores andavam na universidade não havia internet e estes professores não sabem pesquisar e ensinar a pesquisar.
Eu já dei aulas e tinha um documento orientador do Ministério da Educação só sobre a matéria. Foi através dele que ensinei os meus alunos a pesquisar. Primeiro nas bibliotecas, nas enciclopédias, depois nos dicionários, a seguir na internet.
É fundamental que as crianças saibam distinguir um site oficial de um site que o não é. É importante que conheçam os sites de estatística e de história e de geografia e de outras disciplinas abalizados para escrever sobre as matérias. É importante conhecer as fontes, distinguí-las e depois de recolhida a informação é preciso saber "colá-la", construir um texto com princípio, meio e fim. E rejeitar trabalhinhos de mero copy/paste.

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