sábado, 21 de novembro de 2009

Quinta-Feira
Só tenho uma palavra para ti: a espera. A espera. Vem agora. É às 4 horas. Já não é. Telefonemas cruzados. Mensagens contraditórias. Vem já. Vem agora. Afinal, não. A espera. Vamos embora daqui. Lanchar com uma amiga. Jantar com outros amigos. Beber descafeinado com outro ainda. Uma dor de cabeça violenta. Um dia completamente sem sentido.
Sexta-Feira
Só tenho uma palavra para ti: a espera. É às dez. É às onze. É ao meio-dia. É às duas e meia. A espera. Um corpo inerte. Roxo. Frio. Finalmente que vi para acreditar. Destapei a mortalha e vim-me embora. Depois um chá com um amigo. Um jantar com vários outros. Dormir mal. Não dormir, aliás. Acordar às quatro e meia da manhã e não pregar mais olho. Outro dia completamente sem sentido.
Sábado
Só tenho uma palavra para ti: a espera. Levantar às seis. Para sair às sete. Para chegar às nove. A espera. Para ser atendida às onze. Para apanhar o primeiro comboio à uma. A espera. Para apanhar o segundo às duas. A espera. Para chegar finalmente a casa. Para quê? Para esperar que o ansiolítico faça efeito e me impeça de escrever estas merdas.

3 comentários:

H disse...

e um maço de cigarros!

be(i)ja disse...

H - É verdade. Mas é mesmo como tu próprio dizes "afinal, conhecemo-nos há 17 anos".

H disse...

Não contes isso, que nos faz parecer velhos! E eu ainda pareço novo!