segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Mexemos no que estava guardado, descobrimos e surpreendemo-nos com textos que fizemos e tivemos o descaramento de imprimir, cartas que escrevemos e nunca enviámos, revistas que folheámos há muito. Mexemos no que estava guardado e descobrimos e surpreendemo-nos com aquela blusa que nunca vestimos, a outra a quem demos uso por demais, as saias e as calças que já não nos servem e que nos assentavam tão bem.
Mexemos e andamos para trás no tempo. Recuamos e a seguir somos obrigados a escolher: entre seguir em frente ou ficármos parados lá atrás.
E então rasgamos papéis e vemo-nos livres do que serviu para nossa máscara em tempos já idos.
E sentimos assim as mudanças a fazerem-se por dentro. Também por dentro. Muito por dentro: ao destruirmos o que já não importa e ao livrarmo-nos do que já não nos serve. E sabe bem. Mudar sabe bem!

4 comentários:

João disse...

E o mundo é composto de mudança :-)

Anónimo disse...

mudar é crescer! E crescer, às vezes dói. E porque dói, às vezes demora. Mas, se a vida é composta de mudança, digo, crescimento,apenas é necessário darmos espaço a nós mesmos, ao reencontro com o nosso processo natural de ir aprendendo com a vida. E isso é bom. Torna-nos mais disponíveis para saborear a vida.

be(i)ja disse...

João - Nem mais!

be(i)ja disse...

Anónimo - Como é evidente sendo anónimo não o conheço ou não a conheço. Mas o importante é que você parece conhecer-me e é bom ler as suas palavras sábias. Gosto de si assim de chofre. Você tem razão. Obrigada.