segunda-feira, 14 de junho de 2010

a minha gatinha

Trouxe finalmente a gata. Aliás, fui finalmente buscar a gata.
Confesso: nunca gostei de gatos! É simples: tinha medo deles. Mas agora...agora entendi que por várias ordens de razões (intímas) queria ter uma gatinha.
Ainda duvido de mim própria. Ela chegou hoje já tarde depois de uma viagem atribulada.
Não sei se estou à altura do desafio.
Fiz-lhe uma caminha, preparei-lhe a caixa com areão, arranjei-lhe um pratinho com leite e levei-a para a marquise, mas depois com dó dela puxei tudo cá para a sala.
Entrou-lhe o frenesim. Saltitando de puff em puff, por baixo das mesas, por detrás dos jornais e dos bancos. E miando.
Deixei de a ver por instantes. Chamava-a e nada.
Escrevi ao Jorge um sms "ela esconde-se e foge".
Ainda agora enquanto escrevo este texto. Chamo-a e nada. Não faço ideia onde está. Vou espreitar. Esperem aí.
E o Jorge respondeu "É normal. Tem medo e está num sítio estranho. Depois passa-lhe. Vai começar a descobrir o que a rodeia para se sentr segura. É mesmo assim. Repete-lhe o nome e tenta o truque da latinha".
Ainda assim fui procurá-la e ...hum a espertinha! Toda enroscada debaixo da mesa de centro da sala, mas em cima de uma caixa que está lá debaixo. Quase entalada, digamos. Presumo que vá dormir ali.
E quando não é ela que mia sou eu que chamo e sussuro Bia, Bia, Bia.

Sem comentários: