terça-feira, 27 de julho de 2010

AVISO à NAVEGAÇÃO: a partir de hoje, dia 27 de Julho, terça-feira, entrei de FÉRIAS (antecipando três dias este belo prazer!)

domingo, 25 de julho de 2010

Voz da Planície leva puxão de orelhas

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) está atenta e, como é sabido, em altura de eleições chovem acusações de um e do outro lados da barricada. Uma delas não se ficou apenas pelo "diz que disse". deu origem a uma queixa e a ERC faz agora uma reprimenda à Rádio Voz da Planície. Leia aqui.

sábado, 24 de julho de 2010

PARANÓIA

Fiquei de fazer uma lista das listas que tenho que fazer:
1) Lista das coisas que nunca lhe posso dizer a ela (mas que só de as escrever me sinto aliviada aaaaahhhh);
2) Lista dos méritos dos homens da minha vida (todos junto fariam um?);
3) Lista das coisas que não me posso esquecer de levar na mala das férias;
4) Lista das coisas que tenho que me esquecer durante as férias;
5) Lista das merdas que oiço todos os dias;
6) Lista das compras do supermercado;
7) Lista dos projectos em curso;
8) Lista da legislação que tenho que estudar (artigo 1, artigo 2, etecetera, etecetera);
9) Lista dos sítios para onde vou viajar;
10) Lista dos amigos que gostava de ter na festa de anos do meu 35.º aniversário;
11) Lista das queixas;
12) Lista dos seus traços mais bonitos de carácter;
13) Lista de lugares-comuns;
14) Lista de dias que tenho por gozar;
15) Lista das contas do mês que vêm;
16) Lista das pessoas que ainda quero entrevistar;
17) Lista das coisas que me proponho a fazer mas nunca faço (porque será?);
18) Lista das conversas que sei que ainda vou ter um dia;
19) Lista de projectos que quero levar a cabo;
20) Lista de frases bonitas de livros;
21) Lista de filmes que já vi;
22) Lista de livros que já li;
23) Lista para não me esquecer das listas.

nota: estou num workshop de dança (a produzir e a filmar, não a participar) e por sugestão da formadora os participantes foram para a rua recolher lista com pedaços de conversas que ouviram. Vamos ver o que sai dali. Estou expectante. A própria formadora fez um espectáculo só a partir de listas pessoais: intimas, privadas e públicas.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

porque...

porque ele é feito de excertos de livros, citações, dedicatórias, histórias de outrém contadas por outros, páginas dobradas, assinaladas, sublinhadas nos livros que trocámos e que nunca me devolveste, nos livros que te ofereci e me ofereceste, te me ofereceste.
porque ele é feito de confissões a medo, de transparências várias, de segredos e segredinhos, de mal-entendidos e porras, de algumas mentiras, de outros tantos (des)encontros, de alguns planos, almoços e jantares, de gestos simples, de preocupações partilhadas, de ameaças e de medos, de não ditos e interditos.
porque é o valor supremo da amizade que vêm ao de cima como o azeite na água, porque ainda assim guarda uma esperança de poder vir a ser outra coisa e isso está sempre lactente o que nos permite brincar e suspirar e transpirar e sonhar.
porque tenho medo de perder-te para outros ou para ninguém como naquela noite das mensagens, porque não sei porque insistes em mim, não percebo inglês, não vou a festivais, tenho sotaque alentejano, e sou feia, feiona qual Fiona, porque acreditas em tudo o que te digo mesmo quando te digo que não quero ser mãe.
porque vais de viagem para aqui, para ali e para acolá e, às vezes, me fazes relatórios tão bem escritinhos quase amorozinhos e me trazes prendas e me mandas encomendas.
porque o teu número de telefone era o 214181996 e eu o fixei porque foi em 96 que comecei a telefonar-te, porque tivemos aquela experiência cândida, pura, inocente em carnaxide e permanecíamos noites inteiras em silêncio e porque só vi a tua mãe uma vez e na penumbra e porque não sabia o que continha aquele quarto ao fundo à esquerda. por exemplo.
porque sim.
o nosso amor é do foro literário porque é ficção, coração.

nota: um dia ofereci-lhe um livro do António Lobo Antunes e escrevi-lhe assim "porque o nosso amor é do foro literário". agora parece que a namorada deu com ele e não gostou ou não percebeu e quis explicações. ele não soube justificar-se. é tonto, bastava inventar qualquer coisa. tipo: é literatura está nos livros, está impresso, está inscrito, não se pode apagar. simples não? qualquer uma entenderia. e pior, pior seria se eu escrevesse que o nosso amor é poesia. como é que ele se desenrascaria?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

personagens

É o que eu digo! Às vezes há dias em que sou perseguida por personagens...

Imagine-se hoje andar cismada numa scrofa!? A magana não me sai da cabeça! É grande e mamalhuda. Puta da scrofa que com tantas tetas nunca vi.


(mais logo quando tiver tempinho já explico esta imagem persistente)

nota: a pedido de "várias famílias" não explanarei acerca deste assunto. Lamento.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

clássicos e intemporais

se a moda é blusas sem alças, elas têm;
se a moda é vestidos às flores, elas compram;
se a moda é soutiens com alças transparentes, elas usam;
se a moda é sandálias tipo ançaimes atadas ao pés, elas andam;
se a moda é usar gadilhos e penduricalhos, elas penduram;
se a moda é legins (não sei se é assim que se escreve), elas esperneiam mas vestem-nas;
se a moda é sapatos de inverno com as biqueiras abertas, elas usam mesmo que gelem o dedão;
se a moda é botas de biqueira, elas compram;
se a moda é padrões de tropa, elas vestem;
se a moda é calças à boca de sino, elas usam;
se a moda é cintura descaída, elas põem;
se a moda são folhos, elas envergam...se está na moda elas têm.

Gosto de andar na moda, mas não de ir atrás das modas. É descaracterizante, feio, foleiro, piroso, rídiculo. Uniformizador. Revela falta de gosto e de personalidade.
As minhas roupas duram vidas.

nota: vem isto a propósito de uma ida aos saldos durante a hora de almoço.

domingo, 18 de julho de 2010

pensamento de domingo

Fico contente quando vejo atrás de um balcão de Mc Donald's uma série de mocinhas com aparelhos nos dentes. Quem diz aí diz na Bersha, na Stradivarius, na Springfield, na Optimus, na Tmn, na Vodafone. É isso e borbulhas na cara dos moços.
Constatei isto hoje. E pensei: ninguém que trabalha ali ganha ordenado suficiente para pagar um aparelho, donde deduzi que se tratava de rapaziada na casa dos pais, estudantes a quererem ganhar uns trocos por meia dúzia de horas dobrando blusas, servindo hamburgeres, despejando lixo, fritando batatas, pregando mentiras ao telefone das grandes operadoras e registando euros nas caixas dos Belmiros e etecetera, etecetera, etecetera.
Preocupante é pensar e olhar e ver que às vezes - muitas vezes - nestes locais trabalham mulheres e homens de família feitos, com filhos a cargo, horas infinitas de pé a troco de salários miseráveis.
Por isso, por enquanto, quanto mais moças com aparelhos nos dentes e moços bexiguentos encontrar atrás desses balcões, melhor.

sábado, 17 de julho de 2010

"Ciência que estuda o homem, a sua origem e evolução, os seus caracteres físicos ou psíquicos, as suas tendências sociais, as suas relações com o meio ambiente e que se cupa igualmente das sociedades humanas e das práticas socialmente adquiridas e transmitidas".
"Pessoa que se dedica ao estudo de comunidades humanas, das suas práticas e formas de reprodução social".

e ela já tem...

... camélias à janela...

nota: bem se vê que ninguém leu Alexandre Dumas.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

e EsTe pArece o DIA mais
loooooooooooooooooooooooooooongo
do ano...
(parece)
e não vai acabar cedo. ai não vai não!!!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

txiiiiiiiiiiiiii!!!!











Sócrates queria um selo com a sua foto para deixar para a posteridade o seu mandato no Governo deste país que está de tanga. Os selos são criados, impressos e vendidos. O nosso PM fica radiante! Mas em poucos dias ele fica furioso ao ouvir reclamações de que o selo não adere aos envelopes.

O Primeiro-Ministro convoca os responsáveis e ordena que investiguem o assunto. Eles pesquisam as agências dos Correios de todo o País e relatam o problema.

O relatório diz:
"Não há nada de errado com a qualidade dos selos. O problema é que o povo está a cuspir no lado errado”.
Recebido por e-mail, um daqueles bem ao jeito do amigo Lança.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

"contos" (?) que só podiam ser urbanos e do século XXI

A mulher do alfa-pendular Faro Lisboa sentou-se na coxia que, por analogia com o teatro, é qualquer espaço situado fora de cena onde os actores aguardam a sua vez para entrar em palco. A mulher trazia pouca bagagem, apenas um saco de mão. Lá dentro adivinha-se um par de cuecas, um soutien e um vestido para mudar no dia seguinte. Sentada a mulher do alfa-pendular cruzou as mãos sobre a barriga avantajada que o vestido largo deixava torneada. Por ser pendular o alfa andava de um lado para o outro com movimentos rápidos como a água num copo que agitamos e como o efeito cinestésico que sentia no seu ventre. M ou Maria ou M de Mulher levava um leque que abanava para dentro do decote do vestido. Tinha calor. As pernas inchadas talvez derivassem disso mesmo, dai também talvez os sapatos rasos e já fora dos pés. Na outra mão a revista "Pais & Filhos" e curiosamente na mala um maço de cigarros Marlboro Lights. M fuma ainda assim? - perguntavam-se os espectadores. Mensagens no telemóvel, aquele apitar irritante desesistiu porque atenta mudou-o para o silêncio e de quando em vez, à medida que chegavam um e outro sms, um sorrisso esboçado nos lábios. M adormeceu de cansaço e não interessa contar aqui o meio da trama (que é o que fazem escritores maus como eu). M parou numa clínica de ginecologia. Esperei e vi-a sair pronta com os exames nas mãos. Os peitos crescidos, as dores mamárias, a barriga inchada e as pernas, a falta da menstruação há tanto tempo...nada daquilo era senão uma crença que a ciência tratou de demonstrar ser irreal. O feto que M carregava por afeição provinha-lhe de uma relação esporádica, fugaz e aluginogénica que teve lugar em data festiva e que havia tido - se formos a ver bem - já havia dois anos e uns quantos meses. M ou Maria ou M de Mulher tinha um quisto no ovário direito e uma gravidez psicológica que era preciso tratar.
prestes a dar o TILT



BOOOOooooommmm!!!!

terça-feira, 13 de julho de 2010

facebook

que se convide uma ou - vá - mesmo duas pessoas para serem nossas amigas entre aspas no facebook só porque temos os mail's delas registados no gmail...ainda que elas não sejam nossas amigas na realidade, ainda vá lá. é assim a modos que uma distracção. sim porque depois a gente vai ver a solicitação está pendente e percebemos. claro que não vão adicionar-nos se não são nossos amigos. claro.
ou ao contrário: claro que não vou adicionar alguém que não é meu amigo na vida real ou, pelo menos, muito, muito conhecido. por exemplo da escola primária ou do liceu de Beja ou da universidade ou do trabalho x ou do trabalho y ou do workshop disto ou do cursinho daquilo. isto percebe-se não é? não queremos ter duzentos e oitenta e oito amigos entre aspas no facebook, pois não? para quê, não é?
para quê ter a amélia muge, o paco bandeira, o vereador miguel dias, a ana sofia varela, mais este, mais aquele, mais o outro e a outra que nunca vi na vida? o coiso! o coisinho! o gavino paixão! o gavino paixão quer ser meu amigo entre aspas no facebook? está tudo louco?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

“...hay una ley no explicada, aunque cierta, según la cual todo lo que alguna vez ha existido lo ha hecho para de algún u otro modo volver a existir, repetirse, nada se da en solitario, todo ocurre por lo menos 2 veces, es la única manera de crear el ritmo, la onda periódica que da pie a una ley muy poderosa que es la ley del símil, de las semejanzas. Supongo por eso que todas las visiones del mundo que puedan concebir los seres humanos podrían agruparse en sólo 2 tipos, 1) aquella forma de pensar que considera que los hechos son únicos e irrepetibles, que son un punto aislado en el espacio y el tiempo, y 2) la que considera que son necesariamente repetibles, una sucesión de puntos en el tiempo...”
faltam 17 dias para as misteriosas FÉRIAS!

domingo, 11 de julho de 2010

ensaio aberto

foi no estúdio lá de cima. no último andar. parede ao fundo rasgada por janelas. estores abertos a deixar entrar aquela luz quase dura, mas já não. no estrado de madeira com linóleo, mas pouco. tudo havia sido preparado durante duas semanas. sem que soubessemos de nada. nem da música. nem se havia música. nem do número de elementos que participavam nem quais. nem que roupas usariam ou sequer se as usariam. é, aliás, sempre assim. o dia dos ensaios abertos é o dia em que somos surpreendidos, abrimos a boca ainda que em silêncio e dizemos AH! o ah! de espanto, o ah! de surpresa, o ah! de conforto, o ah! de alegria interior.
naquele dia, sexta feira, segui com o olhar durante todo o tempo os intérpretes. brincaram com o espaço labirintico. tiraram proveito dele. usaram as esquinas, as vigas, as paredes e só muito raramente o estrado de madeira com linóleo. às vezes na dança contemporânea os corpos são demasiado formatados, os gestos secos, os ritmos rápidos. ali senti duas pessoas soltas, em absoluta sintonia apesar (ou talvez por isso mesmo) de nunca se tocarem. quando o faziam o gesto de um tinha reprecursões autênticas e imediatas no corpo do outro. havia retorno. muito entrosamento. muita comunicação. nos olhares. os olhares seguiam-se e afastavam-se sincronizadamente. eram fortes, muito fortes, fortissimos. as pernas mexiam-se ora repentina ora delicadamente. os braços erguiam-se e baixavam-se ora deslizando, ora chamando, ora empurrando. o dom dos espectáculos e da boa cultura é o de nos fazer imaginar coisas, ler coisas, partir dali para outros mundos. acredito porque aconteceu comigo que muitas mulheres tenham viajado com aqueles homens para umas camas quaisquer. pela perfomance, pelos corpos, pelo suor, pelo ritmo.
nessa tarde como muitas vezes no meu dia-a-dia lembrei-me do Luís Cruz. ele dizia-me que eu devia era fazer produção. lembro-me por isso e por saber que aqueles bailarinos faziam ora um ora outro o pequeno-almoço para ambos todas as manhãs quando eu chegava ao escritório e levavam-no lá ao estúdio para o que ainda se estava a espreguiçar. e lembrei-me dele também porque pensei que quando as pessoas se amam isso nota-se em tudo. até na dança. mas claro! como não? o que é o amor senão uma dança?

sábado, 10 de julho de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Chega! Tem avondo com trabalho!

Ando angustiada. Chego a casa deito-me. Levanto-me tarde e a más horas. Não ligo a televisão. Não ligo o computador. Não ligo nada nem ligo a nada. Como. Deito-me outra vez. Falta-me energia. Força. Vitalidade. Agilidade. Não sei o que é isto!?
É cansaço.
Só pode ser cansaço.
De manhã custo depois a acordar. E a caminhar para o serviço. E acho as tardes demasiado longas e as noites demasiado curtas.
Queria ir para Cuba - Havana/Santiago/Trinidad. Depois quis ir para Itália - Florença/Roma/Veneza. A seguir avisaram-me "escuta, olha, não vamos pagar subsídio de férias".
MERDA! A margem que tinha para inventar foi-se.
Pus outras hipóteses menos ambiciosas: o parque de campismo de São Miguel. Gosto daquilo. Muito. Daquele fresco, daquela aragem, da impossibilidade de acordar tarde, da piscina, do frio da noite, do cheiro dos pinheiros, da comida e dos sumos naturais. Hei-de ir lá parar. É o mais certo, mas não para já. A logística é grande e não me apetece logística.
Ainda coloquei outra hipótese, se bem que confesso não a posso partilhar. Chamar-me-iam, no mínimo, louca.
Por isso, agora de repente depois de uma hora de almoço de reflexão peguei no telefone e reservei quarto single a partir do dia 31 de Julho, numa pensão, no Porto.
Desta vez, não perguntei aos amigos se queriam vir cá passar dias ou fins-de-semana.
E vou começar a contagem decrescente.
É só para avisar.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

a democracia é o pior de todos os sistemas à excepção de todos os outros

o país vai mal. mal, mal.
verifica-se um aumento dos preços dos bens.
e uma diminuição na prestação dos serviços.
ameaçam-nos com as privatizações.
o desemprego aumenta.
os trabalhadores sofrem bruscas ofensivas.
a precariedade grassa.
e a gente quer manifestar-se. manifestar-se contra.
dar voz à nossa indignação.
e juntar a nossa voz à voz dos outros para parecermos muitos.
marca-se uma jornada de luta. uma paralisação. uma concentração de descontentes em cada capital de distrito.
queremos ir. fazemos tudo por ir.
organizamos o dia para ir.
mas...
vamos pedir umas horas ao patrão para lutar contra o patronato?
o patrão não deixa. assusta-se.
ai ela é isso? - pergunta-se.
ai é? ah! mas está a contrato.
aí vai? ai então deixa estar que já lhe digo!
conclusão?
não fui.
tive medo? receio?
talvez.
acobardei-me.
e, afinal, é por isso que ninguém se manifesta?
que ninguém luta?
que todos ficam em casa?
se calhar sim.
sim. talvez. depende do que está em causa.
mas, então, não é a luta que nos distingue uns dos outros?
que faz a diferença?
é, mas vivemos num país onde impera - outra vez - qual Salazar: o MEDO!
uma ditadura disfarçada. assustadoramente disfarçada.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

cantiga de amigo

é bom, muito bom ter quem nos surpreenda!
cheguei já tarde a casa e na caixa do correio vi um envelope com etiqueta de correio azul.
um presente do Jorge.
não sei porque o fez. não interessa. apeteceu-lhe.
e eu agradeço-lhe muito só não sei como.
trouxe o computador para a cama e estou a ouvir o BFachada que me enviou.
e ele canta assim:
"a Lulu quer o que quer qualquer mulher que o amigo a abrace bem e que a faça rir também. A Lulu tem um medo mas guarda-se em segredo, o amigo vai esperar que ela queira pô-lo a par e se a conversa fica em perigo ele ri-se um pouco e triunfante diz-lhe "é bom ser teu amigo mas igualmente bom ser teu amante". A Lulu não traz más recordações e o amigo atrás diverte-a com canções, ela dá-lhe a mão e dá-lhe um pouco do coração, ele faz de tudo para compreender depois de tudo para lhe agradecer e se a conversa os põe em perigo ele ri-se muito e gaguejante diz-he "é bom ser teu amigo mas igualmente bom ser teu amante". Oiça.

terça-feira, 6 de julho de 2010

personagens que tropeçam em nós





é incrível! incrível!




...hoje não me sai da cabeça a personagem
"A ALCOVITEIRA" de Gil Vicente.
Porque será?

segunda-feira, 5 de julho de 2010

diálogo*

personagem 1 - em tendes isso, ligas.
personagem 2 - tá beim! até logo!
(decorridos uns minutos)
personagem 2 - já tá fêto!
personagem 1 - mas fizestezio mesmo?
personagem 2 - tô-te dizendo.
personagem 1 - atão e encontramos-she aonde?
personagem 2 - nã sê. agora vou abalar de casa. vou à do Zéi.
personagem 1 - podemos-she ver ali no largo. vou à tua pergunta por ali.
personagem 2 - hádes-me encontrar, hádes. vou pra sombra. tem avondo com calor.
personagem 1 - atão em a gente vem-dem que passou a calma, encontramos-she ao sol posto.
personagem 2 - se me veres, chama que eu acudo.
personagem 1 - a gente vamos lá dar.


* só possível em Beja ainda que no século xxi

domingo, 4 de julho de 2010

sábado, 3 de julho de 2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

HOJE


quinta-feira, 1 de julho de 2010

inscrevi-me/

adoro a ideia/ só de pensar/ estou desejando/ tenho um fétiche por fotógrafos/ e este é do Expresso sem desprimor para os outros/ não/ não vou posar para ele/ vou jogá-lo ao chão como ele fez com esta moça/ e/ clic